É
fato conhecido que Lacan tomou conhecimento do nó borromeo, segundo ele no dia
08 de fevereiro de 1972, durante um jantar com uma amiga, aluna do curso de
matemática de Guilbaut. Entretanto, pouco se fala do que Lacan queria enodar
nesse momento de sua via. De toda forma, esse nó chegou ao conhecimento de
Lacan através do brasão da família Borromeo de século XV no norte da Itália.
Esse
nó já era conhecido desde o século II entre os budistas, foi muito utilizado
pelo cristianismo e também entre diversos outros povos europeus ao longo do
tempo, geralmente como símbolo de união e força.
Para
Lacan o nó borromeano lhe caiu como um anel nos dedos pois lhe permitiu pensar
o enodamento de três orações na seguinte frase:
Peço-te que me recuses o que te ofereço.
Para
Lacan está frase só é possível como um todo, pois se retiramos uma de suas
partes, um de seus verbos, ela se desfaz. É nesse momento da lição de 09 de
fevereiro de 1972 (um dia depois do referido jantar) que Lacan irá pela
primeira vez apresentar o nó borromeano, para mostrar o enodamento dessas três
orações na frase. Notem que o nó borromeano surge discretamente, em um pequeno quadro azul, próximo ao rabo do cavalo, neste que é o brasão da família Borromeo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário