sexta-feira, 14 de agosto de 2015

O brasão da família Borromeo

É fato conhecido que Lacan tomou conhecimento do nó borromeo, segundo ele no dia 08 de fevereiro de 1972, durante um jantar com uma amiga, aluna do curso de matemática de Guilbaut. Entretanto, pouco se fala do que Lacan queria enodar nesse momento de sua via. De toda forma, esse nó chegou ao conhecimento de Lacan através do brasão da família Borromeo de século XV no norte da Itália. 
Esse nó já era conhecido desde o século II entre os budistas, foi muito utilizado pelo cristianismo e também entre diversos outros povos europeus ao longo do tempo, geralmente como símbolo de união e força.
Para Lacan o nó borromeano lhe caiu como um anel nos dedos pois lhe permitiu pensar o enodamento de três orações na seguinte frase:

Peço-te que me recuses o que te ofereço.


Para Lacan está frase só é possível como um todo, pois se retiramos uma de suas partes, um de seus verbos, ela se desfaz. É nesse momento da lição de 09 de fevereiro de 1972 (um dia depois do referido jantar) que Lacan irá pela primeira vez apresentar o nó borromeano, para mostrar o enodamento dessas três orações na frase. Notem que o nó borromeano surge discretamente, em um pequeno quadro azul, próximo ao rabo do cavalo, neste que é o brasão da família Borromeo.


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