Olá todos,
Ficou faltando em nossas postagens recentes a Banda de
Möbius. Esta figura tem seu nome em homenagem a August Ferdinand Möbius que a
estudou em 1858, buscando uma premiação da Academia de Paris. Entretanto a
história nos mostra que Johann Benedict Listing já havia feitos estudos sobre
essa mesma figura alguns meses antes. Como os dois foram alunos do matemático
Carl Friedrich Gauss, supõe-se que a origem das ideias sobre esta interessante
figura já estivesse no pensamento de Gauss.
No uso lacaniano dessa figura podemos observar que localmente,
a estrutura da Banda de Möbius apresenta dois lados, ainda que saibamos que
isso é um engodo. Poderíamos pensar isso como as duas faces do signo
linguístico: significante e significado, mas o que vemos é que na volta do
dito, na volta temporal sobre a Banda de Möbius, ao perfazer todo seu percurso,
o ato do analista se faz como corte, e descola significante e significado,
fazendo aparecer a cadeia significante que encerra um vazio entre os dois arcos
que restaram do corte na banda.
Há uma mudança na estrutura da superfície e o corte revela o
desejo do sujeito, ainda que como fading. Abertura e fechamento do
inconsciente, encontro faltoso, afânise. O sujeito se mostra quando desaparece.
Abraços a todos,
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